O projeto “Domingo na Yayá” conta com apresentações musicais realizadas aos domingos, sempre às 11h, com duração aproximada de uma hora. Entre os objetivos do projeto estão a articulação entre abertura pública da Casa de Dona Yayá – bem cultural e sede do CPC-USP (Rua Major Diogo, 353, Bela Vista, São Paulo, SP) – e o acesso gratuito, para um público variado, a manifestações artísticas diversas e capazes de proporcionar, além de entretenimento, o contato com o tema do patrimônio cultural. Atuar em uma comunidade significa abrir a percepção para os gestos, as falas, os anseios e as construções disseminadas pelas pessoas no cotidiano, em grande parte, carregadas de poesia, de inteligência. Se deixássemos esses dizeres fluírem isoladamente, talvez, eles não pudessem se manter ou exprimir a sua marca, consideradas as dificuldades espalhadas numa cidade como São Paulo. Assim, a junção (o encontro) é a pedra fundamental de um tipo de expressão, a chamada voz da comunidade. Notadamente, alguns bonitos projetos nascem desses encontros, impulsionados por gente preocupada em dar vazão ao sentimento coletivo. A Universidade de São Paulo, representada por sua vertente de cultura e extensão, está sempre atenta às manifestações populares, que expõem a céu aberto conhecimentos desenvolvidos no seio das comunidades. Nesse sentido, no mês de junho, a Casa da Dona Yayá recebe no ciclo Comunidades grupos cujos trabalhos de música e de dança mostram tradição e pertencimento, ligações propulsoras de arte e saber. No dia 24 de junho, a Casa de Dona Yayá receberá a presentação da Comunidade Jongo do Embu das Artes. A história do jongo no Brasil remete à tradição africana, especialmente ao povo bantu, negros que vieram, sobretudo, de Angola. Como dança, associa-se às chamadas umbigadas e, como canto, tem as características da música improvisada, com pontos ou versos nascidos da vivência coletiva, em roda. Solemar Cristina, de família de jongueiros, diz que no Embu das Artes o jongo foi criado para “atrair o público em geral, mas com especial atenção às crianças, que podem ser a garantia de continuidade da tradição”. O resultado é visível a partir de apresentações que unem ritmo e dança, dialogando sob o som dos três tambores considerados sagrados: tambu, caxambu e candongueiro. Na Casa da Dona Yayá, a Comunidade Jongo do Embu das Artes contará com a participação especial de Tia Dita, integrante do grupo e compositora do samba da vela de São Paulo, que mostrará parte de suas músicas recentemente gravadas no Cd: “Tia Dita - no raiar da aurora”. Informações: 3106-3562.
Notícias rápidas, curtas sobre coisas que acontecem no Butantã e na USP e outras que possam interessar a um público especialmente de pessoas envolvidas com questões sociais.
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