segunda-feira, 29 de abril de 2013

Belvedere na Casa Dona Yayá

A Casa da Dona Yayá, como é conhecido o imóvel situado à Rua Major Diogo 353, no bairro Bela Vista em São Paulo, foi transferida para a USP como herança jacente em 1961, após o falecimento da proprietária, Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá. Única e rica herdeira de propriedades, ela foi interditada depois de considerada incapaz de gerir sua fortuna, por “sofrer das faculdades mentais”. Depois da primeira manifestação da doença e de passar mais de um ano internada, um conselho médico decidiu que ela deveria mudar-se para um lugar mais calmo e tranquilo, uma chácara nos arrabaldes da cidade. Isto aconteceu em meados da década de 1920. Aí viveu por 40 anos, sendo cuidada e vigiada por familiares e empregados. Várias reformas foram realizadas na casa, de acordo com os tratamentos médicos prescritos, garantindo, quando necessário, o isolamento da interdita. De 28 de abril a 30 de junho, o solário da Casa de Dona Yayá recebe a intervenção “BELVEDERE”. Concebida pela artista Mariana Vaz, com a colaboração da também artista Mirella Marino e do arquiteto e cenógrafo José Silveira, “BELVEDERE” pretende, por meio de uma intervenção artística, discutir aquele solário, seus significados sociais e históricos. O ciclo “Leituras ignorantes para Yayá” acontece nos dias 5, 19 e 26 de maio, domingos, às 11h. Como atividade paralela ao Belvedere, o ciclo propõe leituras coletivas nas quais todo o público é potencial leitor de materiais literários diversos, organizados em um roteiro dedicado à Dona Yayá. Quem quiser, toma a palavra e lê. Haverá cópias dos roteiros para todos. Integrante do projeto “Ensaios ignorantes”, realizado desde 2011 a partir de diálogo com o livro “O mestre ignorante”, de Jacques Rancière, as “Leituras” propõem ações ensaísticas de digressão a partir do material lido coletivamente. Os delineamentos para as ações são dados a todos a cada dia, no início dos encontros. No dia 30 de junho, domingo, às 11 horas, acontece a performance “BELVEdalário”, de Mariana Vaz. A capacidade para visitação é de 10 pessoas por vez e crianças até 12 anos devem estar acompanhados por responsável. De 29 de abril a 30 de junho de 2013, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 17h00. Entrada gratuita e livre para todos os públicos. 

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