No dia 13 de novembro, quarta-feira, às 20h00, o Centro Universitário Maria Antonia, em parceria com a editora Cosac Naify, recebe Maurício Santana Dias, tradutor e organizador do novo volume do Decameron, com ilustrações feitas especialmente por Alex Cerveny, para uma palestra sobre a importância do livro e o contexto de produção de suas narrativas. A entrada é franca (90 lugares) e haverá distribuição de senhas 30 minutos antes do início do evento. Maurício Santana Dias fala sobre a seleção de dez novelas do volume comemorativo de Decameron, lançado pela Cosac Naify, na qual procurou montar um microcosmo que, em miniatura, e consciente de todas as lacunas, pudesse oferecer ao leitor uma visão macroscópica do Decameron. Muitas antologias insistem em compilar as novelas mais eróticas ou escabrosas de Boccaccio, o que acabou alimentando uma percepção reduzida do universo boccacciano. Para Maurício, a “comédia do sexo” tem peso considerável no conjunto do livro, mas é apenas um de seus aspectos. Por isso aqui se equilibram temas e registros que vão do mais popularesco, como as novelas de Calandrino, de Peronella e Andreuccio, ao mais aristocrático (as de Natan e de Federigo, por exemplo). Há, ainda, novelas que demonstram o complexo mosaico de culturas e línguas que era a Itália do Trecento: novelas napolitanas, venezianas, ravenates, florentinas, entre outras. Porque o Decameron, apesar de seu predomínio toscano, também é um grande atlas geográfico da península itálica e de seus falares. Por fim, há também novelas que receberam análises antológicas de críticos como Auerbach (sobre “Frade Alberto”), Italo Calvino (sobre “Guido Cavalcanti”) e Benedetto Croce (sobre “Andreuccio da Perugia”). Maurício Santana Dias é professor de Literatura Italiana na FFLCH-USP, crítico e tradutor de Primo Levi (Cia. das Letras, 2005), Trabalhar cansa, de Cesare Pavese (Cosac Naify, 2009) e O príncipe, de Maquiavel (Cia. das Letras, 2010). O Centro Universitário Maria Antonia fica na rua Maria Antonia, 294. Informações: 3123-5200.
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